quinta-feira, 22 de julho de 2010

Lugano diz que sonha em voltar ao São Paulo


O capitão uruguaio em lance contra a Coreia do Sul na Copa (foto: AP)

Por Luciano Borges


Voltar para o São Paulo é um sonho distante. Mas Diego Lugano continua querendo voltar a jogar no time que o lançou para o mercado europeu. “Eu quero cumprir este sonho”, disse ao Blog do Boleiro quando retornava do interior do Uruguai para sua cidade natal, Canelones.

Desta vez, ele tem companhia. O zagueiro uruguaio disse que conversou bastante com o atacante Diego Forlán, durante a disputa da Copa do Mundo na África do Sul. O atleta eleito o melhor do torneio também pensa, no futuro, em vestir a camisa tricolor que foi usada pelo pai, o lateral Pablo Forlán. “Seria lindo desfrutarmos desta oportunidade juntos”, declarou Lugano.

A realidade, no entanto, é outra. O capitão do selecionado uruguaio tem mais três anos de contrato com o Fenerbahce. Ele é ídolo do time turco. “E estou muito bem lá, tanto profissionalmente quanto do ponto de vista familiar. Minha vida está confortável”, afirmou.

Antes de retornar para Istambul, na próxima terça-feira, Lugano tem trabalho pela frente. Ele é um dos idealizadores da Fundação Celeste, que está sendo criada por iniciativa dos 23 jogadores que atuaram na África do Sul. O objetivo é oferecer a crianças e jovens uma estrutura formadora do esporte, principalmente o futebol.

Blog do Boleiro – Com nasceu a ideia da Fundação Celeste?

Diego Lugano – Estávamos conversando na concentração, numa das folgas. Falamos de vários temas e um deles foi como poderíamos contribuir com o esporte no Uruguai, especialmente para as crianças e jovens. Tivemos a ideia de criar a Fundação Celeste.

O que os jogadores vão fazer?

Os 23 jogadores que participaram do grupo que disputou o Mundial decidiram dar parte da premiação para a criação da Fundação Celeste. Estamos agora tratando de ver as questões jurídicas para colocar a ideia em pé. O objetivo é arrecadar fundos para investir em projetos de esporte para crianças.

Neste momento, o que você está fazendo?

Eu estou voltando para minha cidade e vou estabelecer contatos com empresários, gente importante que possa nos ajudar nesta Fundação. Nossa ideia tem um teto muito alto e precisamos fazer tudo direitinho. Vamos contar com a ajuda de contadores, gente do governo e atletas que vestiram a camisa celeste para que nos ajudem.

Esta decisão de criar uma Fundação tem a ver com o clima que este time estabeleceu com o povo uruguaio, durante a Copa.

Tem tudo a ver. Os jogadores e o povo encontraram uma identificação muito grande. Nosso país tem três milhões de habitantes. Dá para se criar uma estrutura muito boa de esporte, na formação, e queremos contribuir.

Este grupo é jovem. Você acha possível que esta ideia se fortaleça com a seleção uruguaia jogando daqui para a frente?

Então. Somos um grupo jovem, a segunda menor média de idade da Copa do Mundo. Só a Alemanha tinha média mais baixa. Se continuarmos o trabalho que foi feito desde 2007, organizado, sério, podemos ir mais longe. Vai dar trabalho, mas a turma está muito disposta. Também vamos pedir a experiência e a ajuda de jogadores que passaram pela seleção uruguaia e queiram entrar neste projeto. Eles serão convidados a entrar para o conselho fundador.

No final da Copa do Mundo, algumas notícias diziam que você voltaria ao futebol brasileiro.

Mas não tem nada. Tenho mais três anos de contrato com o Fenerbahce e é quase impossível pagar o que eles querem por minha transferência. No futebol, ninguém nunca pode dizer “não”, mas no momento minha volta é impossível.

E sua volta para o São Paulo?

É um sonho que alimento. Quero retornar ao São Paulo. Vamos ver no futuro.



Fonte: Blog do Boleiro

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