sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na terra de Maradona, uruguaios têm mais Diegos no time que Albiceleste

Para Lugano, influência do Pibe de Ouro levou pais dos uruguaios a batizarem seus filhos com o nome. Pérez, Godín e Forlán completam a lista

Por João Paulo Garschagen Direto de Buenos Aire

Lugano e Arevalo no treino do Uruguai (Foto: João Paulo Garschagen / GLOBOESPORTE.COM)
Lugano no treino ao lado do goleiro Muslera
(Foto: João Paulo Garschagen / Globoesporte.com)


Pode parecer coincidência, mas há quem garanta que não é. Na seleção uruguaia que está na terra de Don Dieguito Maradona disputando a Copa América e que neste sábado enfrenta justamente a anfitriã do torneio há quatro Diegos no elenco. De trás para frente, Diego Lugano (zagueiro), Diego Pérez (volante) e Diego Forlán (atacante) são titulares absolutos da equipe de Oscar Tabárez. Já Diego Godín, lesionado desdo o início da competição, está no banco.
Para o zagueiro e capitão Lugano, a presença de tantos Diegos nesta geração uruguaia se deve ao encantamento que Diego Maradona proporcionou aos pais dos quatro homônimos do lado oeste do Rio da Prata.
- Certamente nossos nomes têm uma correlação com Maradona. Uruguaios e argentinos possuem muita coisa em comum, costumes culturais e o futebol sempre foi muito próximo. Meu pai era fã do Maradona e todos nós nascemos no início da década de 80, quando ele já estava despontando como um craque – disse Lugano ao GLOBOESPORTE.COM.
E o zagueiro espera que a presença de tantos Diegos uruguaios no campo do estádio Cemitério dos Elefantes, em Santa Fé, sábado, às 19h15, ajudem a Celeste a chegar às semifinais da Copa América.
- Tomara que o nome dê sorte, tomara! - disse Diego Lugano, que na última entrevista coletiva do Uruguai falou com seriedade sobre o adversário.
- É um jogo especial, sem dúvida, em que nos dias anteriores se vive intensamente. Todos estão na expectativa, argentinos, uruguaios, o mundo inteiro e os jogadores também. Temos que tomar cuidados porque é um jogo complicado e um lindo momento para nos colocarmos à prova, contra uma equipe forte e que joga em casa - analisou o capitão.
Maradona 1986 (Foto: AP)
Em 1986, Maradona conquista a segunda Copa do Mundo da seleção argentina (Foto: AP)

O volante Diego Pérez, do Bologna-ITA, tratou a coincidência de nomes sem grande importância.
- É verdade, há vários Diegos na nossa seleção, mas isso não tem nada. Apenas é muito bom estarmos todos nessa Copa América na Argentina – disse Pérez, que não soube explicar a origem do seu nome, mas que rasgou-se em elogios à Maradona.
- Qualquer um que goste de futebol, que goste de ver grandes jogadores tem muito respeito a ele. Dentro do campo ele fez gols maravilhosos e infelizmente não o vi jogar. Mas sem dúvida é um dos maiores jogadores do mundo – disse o jogador do Bologna.

Vale lembrar que na seleção Albiceleste, apenas o atacante Diego Milito leva o primeiro nome do maior craque do futebol argentino. Com a óbvia torcida de Don Diego Maradona à parte, se o nome do Pibe de Ouro tivesse alguma influência no jogo deste sábado, a Celeste estaria ganhando de 4 a 1.

Fonte: Terra

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